Israel realizou um ataque em Beirute terça-feira, 29, em resposta ao ataque que matou 12 crianças e adolescentes nos Montes Golã, controlados por Israel, no sábado passado.
O número de vítimas ainda está a ser contabilizado enquanto as equipas de salvametno operam. Uma fonte próxima do Hezbollah libanês disse à AFP que duas pessoas foram mortas no ataque nos subúrbios do sul de Beirute.
O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, declarou na terça-feira à noite que o movimento islamita libanês Hezbollah tinha "ultrapassado a linha vermelha", pouco depois de um "ataque seletivo" do exército israelita nos subúrbios do sul de Beirute. Os militares israelitas disseram que tinham como alvo um comandante do Hezbollah que, afirmam, ser responsável pelo ataque de sábado.
Uma fonte próxima do Hezbollah disse à AFP que o comandante Fuad Shukr, que lidera as operações do grupo contra Israel no sul do Líbano, sobreviveu ao ataque israelita no reduto do grupo no sul de Beirute.
Shukr, "que usa o nome de guerra Mohsen Shukr, sobreviveu ao ataque israelita", disse a fonte à AFP, pedindo anonimato.
A fonte acrescentou que o comandante está "encarregado de comandar as operações militares no sul do Líbano", onde o grupo tem trocado tiros quase diariamente com Israel desde o início da guerra em Gaza, em outubro.
Shukr é o sucessor do comandante máximo do Hezbollah, Imad Mughniyeh, morto num atentado à bomba em 2008 em Damasco, que o grupo apoiado pelo Irão atribuiu a Israel, disse a fonte.
Em 2017, o Tesouro dos EUA ofereceu 5 milhões de dólares por informações sobre Shukr, descrevendo-o como "um conselheiro sénior" do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e dizendo que ele tinha "um papel central" no bombardeamento mortal de 1983 do quartel do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em Beirute.
Pelo menos 531 pessoas foram mortas do lado libanês, de acordo com um registo da AFP. A maioria eram combatentes, mas o número de mortos inclui pelo menos 105 civis.
A violência matou até agora 22 soldados e 25 civis do lado israelita, incluindo nos Montes Golã, de acordo com dados do exército.
O ocidente está preocupado com uma possível escalada do conflito entre as duas partes.
A Rússia descreveu o ataque de Israel no Líbano como uma "violação grosseira" do direito internacional.
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