O Governo de Israel realizou um ataque aéreo antes do amanhecer desta sexta-feira, 19, no Irão. Autoridades iranianas indicaram que o ataque tinha atingido uma base aérea militar perto da cidade de Isfahan, no centro do Irão, de acordo com os jornais americanos New York Times e The Washington Post, que citam fontes israelitas.
As autoridades do Irão minimizaram o ataque e indicaram não ter planos para responder, segundo fontes contactadas pelos jornais.
Cerca de uma hora depois das primeiras informações, um porta-voz militar israelita, contatado pela Voz da América, disse que não tinha comentários "no momento".
A primeira reação da administração Biden surgiu por parte do secretário de estado. Os Estados Unidos “não estiveram envolvidos numa operação ofensiva”, disse Antony Blinken. A declaração foi feita numa conferência de imprensa, na ilha italiana Capri, onde decorre a reunião dos chefes da diplomacia do G7, os sete países mais desenvolvidos e industrializados do mundo.
“Não vou falar destes acontecimentos noticiados pelos média (...) Tudo o que posso dizer da nossa parte e de todos os membros do G7 é que o nosso objetivo é a desescalada”, concluiu Blinken.
As agências de notícias estatais iranianas, IRNA e Fars, disseram que "as defesas aéreas da República Islâmica foram ativadas perto da cidade central de Isfahan em resposta a um projétil".
As agências também relataram que explosões foram ouvidas na periferia leste da cidade, mas não especificaram se terão sido causadas por intercetações ou impactos no solo.
O diretor da agência espacial iraniana disse que as forças de defesa aérea abateram vários drones.
A imprensa estatal iraniana rapidamente tentou minimizar o incidente, dizendo que as instalações nucleares de Isfahan estavam seguras.
As operações no aeroporto internacional Imam Khomeini de Teerão e no aeroporto doméstico de Mehrabad regressaram ao normal, várias horas depois de os voos terem sido suspensos, em aparente resposta ao ataque aéreo israelense.
Depois do ataque do Irão contra Israel no passado dia 13, o governo israelita anunciou que iria responder "quando for a hora certa".
Os EUA e outros países ocidentais instaram Telavive a evitar a escalada do conflito.
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