O director do Gabinete Central Nacional da Interpol na Guiné-Bissau alerta queosnarcotraficantes podem apoderar-se de uma das ilhas de arquipélagos da região de Bolama/Bijagós, no suldo país
Martinho Camará adianta que, até a data presente, a Guiné-Bissau é qualificada, apenas, como um país de trânsito e não de produção ou consumo, mas, com o tempo, o país pode vir a ser um mercado propício para o consumo.
A questão da segurança e a ausência da autoridade do Estado nas cerca de 90 ilhas que compõem o arquipélago dos Bijagós, muita das quais desabitadas, deixam a região vulnerável à actuação das redes de narcotraficantes que operam na Guiné-Bissau, enquanto um dos países de transito na áfrica Ocidental, de acordo com relatórios internacionais
É um perigo para a Guiné-Bissau e o mundo. Aliás, neste momento, a Guiné-Bissau não passa de um país de transito, mas pode vir a representar um espaço para consumo, sobretudo de droga tipo crack”, advertiu o director do Gabinete Central Nacional da Interpol na Guiné Bissau em entrevista a uma rádio local.
Martinho Camará revela que um dos indícios de movimentos suspeitos dos narcotraficantes “é a abundância de viaturas topo de gama nas estradas da capital guineense”.
Bissau foi palco recentemente de um encontro sobre a rota da cocaína em que participaram representantes de Cabo Verde, Senegal, Nigéria, Gana, Peru, Bolívia e Colômbia.
A entrevista de Camará acontece numa altura em que se multiplicam informações sobre o fluxo de aterragens suspeitas de avionetas no arquipélago dos bijagós.