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Guiné-Bissau: PRS ordena a militantes e dirigentes que abandonem o Governo


Fernando Dias, presidente do Partido da Renovação Social, Guiné-Bissau
Fernando Dias, presidente do Partido da Renovação Social, Guiné-Bissau

O Conselho Nacional do Partido da Renovação Social (PRS), na Guiné-Bissau ordenou aos seus militantes, dirigentes e membros que integram o atual Governo de iniciativa presidencial a demitirem-se das suas funções.

A decisão foi tomada no sábado, 22, pelo Conselho Nacional e surge dias depois de o partido APU-PDGB ter tomado semelhante iniciativa e de três membros daquela formação política deixarem o Governo.

No encerramento da reunião do Conselho Nacional, o presidente interino do PRS, Fernando Dias da Costa, que viu o seu mandato como presidente interino renovado, disse ser preciso combater a tentativa de implementar a ditadura na Guiné-Bissau, porque “desde 1991, o país assumiu o multipartidarismo, aceitando a democracia”.

“Qualquer pessoa que chega ao poder por via democrática, deve continuar a respeitar a mesma via, quer na sua saída como também a sua continuidade”, sublinhou Dias.

Ante a oposição interna, que tem como rosto o autodenominado grupo dos Inconformados, o presidente do PRS pediu que voltem ao partido e participem no congresso que será realizado no dia 28 do mês.

Primeiras demissões do Governo

No dia 18, os ministros da Energia, Hideberto Infanda, e da Juventude, Cultura e Desporto, Augusto Gomes, e o secretário de Estado da Juventude, Garcia Biifa, pediram a demissão do Governo ao primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros.

Todos eram membros do APU-PDGB, presidido pelo antigo primeiro-ministro e conselheiro presidencial, Nuno Gomes Nabiam.

O Presidente da República reagiu dizendo ser uma "questão júnior, que não merece a análise na reunião do Conselho de Ministros" e que há "muita infantilidade política".

Estas foram as primeiras baixas do Executivo desde que foi dissolvido o Parlamento a 4 de dezembro de 2023.

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