Na Guiné-Bissau, os profissionais dos sectores da saúde e da educação desencadearam, desde as primeiras horas de hoje, paralisações com motivações e períodos de tempo diferentes.
Enquanto na saúde, a greve dos profissionais tem a duração de cinco dias para reivindicar o reajuste salarial dos profissionais do sector, os professores, associados ao Sindeprof, que vem de uma greve de duas semanas, avança para uma paralisação de 30dias, alegando o pagamento dos salariais atrasaods e regalias certas categorias.
Sobre as duas paralisações, por enquanto, não há o sinal do Governo, no que concerne a eventuais negociações.
Desde logo, pode-se sublinhar o fraco funcionamento das aulas nas escolas públicas e nos hospitais, em que são garantidos apenas os serviços mínimos.
”Estamos mal. Os meus filhos estão doentes. Os medicamentos que comprei esta madrugada estão aqui. Apenas foram dados uma ampola cada, pois o pessoal em serviço recusou prosseguir com o tratamento. Nem serviço mínimo estão a prestar...é muito triste para alguém que tem paciente com problemas de coração. Quando nos despediram, não consegui conter as lagrimas”, disse um cidadão à VOA.
Fonte hospitalar confirma as dificuldades, sublinhando que o número do pessoal à disposição para o serviço mínimo não pode fazer a cobertura das necessidades, facto que obrigou o recurso s clinicas privadas.
Coincidência ou não, a greve na saúde pública acontece numa altura em que decorre em Bissau, a Conferência dos Ministros de Saúde da Cedeao.
Durante quatro dias, os participantes vão analisar as políticas de saúde pública no espaço da Cedeao e, em consequência, adoptar estratégias que visam a sua melhoria.