A ligação entre as ilhas de Cabo Verde, sobretudo usado transportes aéreos, continua a ser uma dor de cabeça, já que a TACV, que voltou a operar nas rotas domésticas, não têm conseguido dar respostas às necessidades.
A operar neste momento apenas com um avião ATR alugado, aquela companhia cabo-verdiana cancelou recentemente alguns voos, situação que tem agastado os passageiros e as agências de viagens, que pedem medidas urgentes e eficazes visando resolver o problema.
Com a recente saída da Best Flay Angola do mercado, o governo decidiu voltar a colocar aTACV na operação de voos internos, mas a companhia, que no passado chegou a operar com três aviões adquiridos em regime de leasing, não tem conseguido garantir com regularidade garantir as viagens entre as ilhas do arquipélago.
“Estamos mesmo desesperados, sem saber o que fazer (...) já apresentamos à tutela uma proposta de criarmos um táxi aéreo para resolver esse problema de mobilidade”, diz a empresária Marvela Rodrigues, que dirige a Associação das Agências de Viagens e Turismo de Cabo Verde.
A dificuldade nos transportes aéreos internos tem suscitado também acesos debates no círculo político, com os partidos da oposição a criticar o governo pela situação.
António Monteiro, deputado da UCID, terceira força política parlamentar, lamenta que um país formado por ilhas não possua aviões, daí exortar “que consigam no mais curto espaço de tempo arranjar três aparelhos ATR para tirarmos desse sufoco que estamos a viver de algum tempo a esta parte”.
Solução
Por sua vez, o deputado do PAICV, maior partido da oposição, Fidel de Pina, julga que a prioridade da TACV deve centrar-se nos voos internos em detrimento dos internacionais onde há outras alternativas.
Para ele, deve-se “trabalhar no sentido de não continuarmos a ter ilhas isoladas, não ter problemas de emigrantes que vêm de férias ou investidores que procuram o país e que não conseguem viajar entre as ilhas, por isso defendemos que se deve ter forte aposta na TACV dométisca”, diz De Pina.
E o deputado João Gomes, do partido no poder, MPD, que reconhece a complexidade da situação, diz que “cabe agora à nova administração tomar as medidas que não só visam solucionar o problema neste momento, mas para precaver o futuro”.
Fonte da TACV informou que o problema dos voos cancelados já foi resolvido com recurso a um aparelho de longo curso, e o PCA indigitado disse à VOA que a o seu elenco tem a missão de estabilizar a situação.
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