A advogada e activista de direitos humanos Amal Clooney, mulher do actor George Clooney, vai defender mulheres yazidis vítimas de escravidão sexual, estupro e genocídio cometidos por militantes do Estado Islâmico no Iraque.
A informação foi avançada neste fim-de-semana pelo escritório Doughty Street Chambers em Londres, para a qual Amal Clooney trabalha, que procura processar o grupo islâmico no Tribunal Penal Internacional pelos seus crimes contra a comunidade yazidi.
"Nós sabemos que milhares de civis yazidis foram mortos e que milhares de mulheres yazidis foram escravizadas. Sabemos que estupros sistemáticos ocorreram e que ainda ocorrem. E mesmo assim ninguém está a ser responsabilizado", explicou o comunicado.
Desde 2014, militantes do Estado Islâmico mataram, estupraram e escravizaram milhares de yazidis, acusando-os de serem adoradores do diabo e forçando cerca de 400 mil da minoria religiosa a abandonar as suas casas no norte do Iraque.
A fé yazidi possui elementos de cristianismo, zoroastrismo e islamismo.
A maior parte da população yazidi permanece abrigada na região autónoma do Curdistão, no Iraque.